Mais um ano se completa e não há como negar que 2020 está sendo totalmente atípico, não apenas para nós, servidores do Poder Judiciário paraibano, mas para todos os habitantes deste planeta.
Em uma breve retrospectiva, a pandemia do Coronavírus mudou completamente a nossa vida, os nossos planos, as nossas atitudes e trouxe uma grande incerteza sobre o nosso futuro.
Não bastassem os efeitos desastrosos causados pela Covid-19, o Brasil vive uma crise política e social sem precedentes, em uma onda de ideias conservadoras e voltadas para o setor privado, que está massacrando como o serviço público e, consequentemente com os servidores públicos.
Infelizmente, os servidores públicos do Poder Judiciário da Paraíba não ficaram de fora dessa avalanche neoliberal, sofrendo no bolso com um grande arrocho salarial (decorrente de 03 anos sem reposição inflacionária), aumento da contribuição previdenciária (além de mudanças nas regras de aposentadoria que dificultaram ainda mais o afastamento para a inatividade), retirada de direitos previstos no PCCR (tanto remuneratórios como pela criação de regras que restringem a representação classista), além do assédio moral permanente, com a pressão pelo cumprimento de metas praticamente inatingíveis e a disputa por uma maldita gratificação de produtividade que serve apenas para satisfazer o ego do patrão.
Fomos obrigados a trabalhar em home office sem qualquer contraprestação pecuniária, em que pese o aumento na conta de energia individual e a necessidade de investimentos em equipamentos de informática e serviços de internet.
O pior é saber que o conjunto de maldades e perversidades não param por aí, já que o conteúdo da reforma administrativa que se pretende aprovar traz ainda mais danos aos servidores, a exemplo do fim da estabilidade e da obrigatoriedade de preenchimento dos cargos por meio de concurso público.
Permanecemos atentos e ativos na resistência a essa pressão avassaladora, buscando todos os meios possíveis para reverter este quadro, seja na esfera administrativa, política ou judicial, assim como buscando espaços na imprensa para divulgar os acontecimentos, não obstante as inúmeras dificuldades encontradas para conseguir espaços nesse meio tão comprometido.
Em consequência da pandemia, foi necessário o cancelamento das festas de São João, do Dia das Crianças e Natalina, como também a permanência de proibição de utilização da nossa sede social.
A intenção era que a reabertura da sede social ocorresse no recesso, contudo o avanço da denominada “nova onda” da pandemia não permitiu que isso se concretizasse.
Esta Diretoria reúne-se mensalmente para discutir a possibilidade do retorno ao uso da sede social, acompanhando as notícias sobre a evolução da pandemia e as orientações das Secretarias de Saúde regionais, e estamos aproveitando a suspensão temporária das atividades para fazer reformas estruturais na sede social, no sentido de prepará-la para voltar a ser frequentada por seus associados o mais breve possível, com toda a segurança de prevenção quanto ao contágio da Covid-19.
Em que pese tudo isso, não podemos esquecer o significado do Natal, que é o aniversário dAquele que veio ao mundo para nos salvar, com seus exemplos e suas mensagens de amor, paz e fraternidade.
A mensagem deixada pela ASSTJE é que não percamos jamais a esperança de que dias melhores virão e que não há mal que possa perdurar para sempre.
Desejamos um final de ano abençoado e repleto de saúde e paz para todos aqueles que compõem a ASSTJE.
A Diretoria.